Um novo grupo de malucos está fazendo
estripulias na Europa. Aparentemente inspirados pelo grupo Unabomber, eles responsabilizam a ciência e a tecnologia
por escravizar o homem, alegando que elas nunca estiveram ao lado do ser
humano.
Colocando em ação uma agenda terrorista, a
Célula Olga da Informal Anarchist Federation International Revolutionary Front
declarou “guerra” contra a Finmeccanica, o gigante da indústria aeroespacial e
de defesa da Itália. Eles assumem o ataque
contra Roberto Adinolfi, chefe de uma companhia de engenharia nuclear em
Genoa, Itália, associada à Finmeccanica.
O grupo já havia tentado explodir um
laboratório da IBM em Zurique, na Suíça, em 2010, tentativa que resultou na
prisão de 3 conspiradores.
Em abril de 2011, eles enviaram uma
bomba para a Swissnuclear, um gupo em Olten, Suíça, que faz lobby
representando a indústria nuclear. A bomba explodiu, resultando em duas pessoas
feridas.
O grupo parece ter conexões com
ecoanarquistas no México, que também atacaram pesquisadores em agosto de 2011,
no Instituto de Tecnologia Monterrey. Outras bombas foram enviadas a pesquisadores de nanotecnologia na Universidade Politécnica
do Vale do México e na Universidade Politécnica de Pachuca em Hidalgo.
Em uma carta
ao Corriere della Sera, o grupo ataca a ciência e tecnologia, acusando-as
de servirem ao capitalismo às custas da humanidade, e de transformar todo mundo
em consumidores estúpidos dos recursos mundiais. “Nos séculos passados, a
ciência prometeu uma era dourada, mas hoje ela está sendo levada à
autodestruição e a mais escravidão total”.
“O par ciência-tecnologia nunca esteve ao
serviço da humanidade. Em sua essência mais profunda, ele mostra a necessidade
imperativa de eliminar tudo que for irracional, para desumanizar, aniquilar e
efetivamente destruir a humanidade”, continua o manifesto. “Os indivíduos hoje
são livres para se realizarem somente pelo consumo e produção de bens”.
Voltando-se para a indústria nuclear, a carta
avisou que “é só uma questão de tempo quantes que uma Fukushima Europeia
espalhe a morte em nosso continente”, referindo-se, obviamente, à Europa.
Michael Hagmann, diretor de comunicações no
Intituto Empa em Duebendorf, Suíça, que investiga os potenciais impactos
ambientais adversos da nanotecnologia, diz que devemos nos preparar.
“Pelo menos com os ativisatas de direitos dos
animais, você sabe o que eles querem, mas com estes anarquistas, não dá para
ter certeza. O que eles querem? Eles querem que a gente pare todos os
experimentos científicos, pare de dirigir carros e volte a morar em cavernas?
Eu não sei”, diz ele.
[NewScientist]
[NewScientist]
Imagem: Roberto Adinolfi, chefe de empresa nuclear que recebeu um tiro na
perna
1 comentário:
Essas pessoas estão completamente equivocadas.Primeiro que a violência não pode ser a resposta para tudo,segundo que a ciência não é boa nem má mas sim o uso que se dá a ela.
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