terça-feira, 5 de junho de 2012

Anarquistas anti-ciência atiram em cientista e prometem mais ataques


Um novo grupo de malucos está fazendo estripulias na Europa. Aparentemente inspirados pelo grupo Unabomber, eles responsabilizam a ciência e a tecnologia por escravizar o homem, alegando que elas nunca estiveram ao lado do ser humano.
Colocando em ação uma agenda terrorista, a Célula Olga da Informal Anarchist Federation International Revolutionary Front declarou “guerra” contra a Finmeccanica, o gigante da indústria aeroespacial e de defesa da Itália. Eles assumem o ataque contra Roberto Adinolfi, chefe de uma companhia de engenharia nuclear em Genoa, Itália, associada à Finmeccanica.
O grupo já havia tentado explodir um laboratório da IBM em Zurique, na Suíça, em 2010, tentativa que resultou na prisão de 3 conspiradores.
Em abril de 2011, eles enviaram uma bomba para a Swissnuclear, um gupo em Olten, Suíça, que faz lobby representando a indústria nuclear. A bomba explodiu, resultando em duas pessoas feridas.
O grupo parece ter conexões com ecoanarquistas no México, que também atacaram pesquisadores em agosto de 2011, no Instituto de Tecnologia Monterrey. Outras bombas foram enviadas a pesquisadores de nanotecnologia na Universidade Politécnica do Vale do México e na Universidade Politécnica de Pachuca em Hidalgo.
Em uma carta ao Corriere della Sera, o grupo ataca a ciência e tecnologia, acusando-as de servirem ao capitalismo às custas da humanidade, e de transformar todo mundo em consumidores estúpidos dos recursos mundiais. “Nos séculos passados, a ciência prometeu uma era dourada, mas hoje ela está sendo levada à autodestruição e a mais escravidão total”.
“O par ciência-tecnologia nunca esteve ao serviço da humanidade. Em sua essência mais profunda, ele mostra a necessidade imperativa de eliminar tudo que for irracional, para desumanizar, aniquilar e efetivamente destruir a humanidade”, continua o manifesto. “Os indivíduos hoje são livres para se realizarem somente pelo consumo e produção de bens”.
Voltando-se para a indústria nuclear, a carta avisou que “é só uma questão de tempo quantes que uma Fukushima Europeia espalhe a morte em nosso continente”, referindo-se, obviamente, à Europa.
Michael Hagmann, diretor de comunicações no Intituto Empa em Duebendorf, Suíça, que investiga os potenciais impactos ambientais adversos da nanotecnologia, diz que devemos nos preparar.
“Pelo menos com os ativisatas de direitos dos animais, você sabe o que eles querem, mas com estes anarquistas, não dá para ter certeza. O que eles querem? Eles querem que a gente pare todos os experimentos científicos, pare de dirigir carros e volte a morar em cavernas? Eu não sei”, diz ele.
[NewScientist]
Imagem: Roberto Adinolfi, chefe de empresa nuclear que recebeu um tiro na perna

1 comentário:

Dinho01 disse...

Essas pessoas estão completamente equivocadas.Primeiro que a violência não pode ser a resposta para tudo,segundo que a ciência não é boa nem má mas sim o uso que se dá a ela.