quarta-feira, 6 de junho de 2012

Bloco Democrático desafia Presidência da República a apresentar os dois ex – UGP desaparecidos



NOTA DE IMPRENSA
Luanda - 1. Nos dias 27 e 28 de Maio, na sequência de uma manifestação pública protagonizada por ex-militares – alguns dos quais efectivos afectos à Casa Militar da Presidência da República – foram sequestrados e dados como desaparecidos os jovens Alves Camulingi e Isaías Cassule, ex-militares da UGP – Unidade de Guarda Presidencial. O seu paradeiro é até agora desconhecido, correndo rumores de que terão sido “executados por ordens superiores”. A ser assim, estamos perante um facto que é extremamente grave, em flagrante violação à Constituição angolana e às demais leis em matéria penal.
2. O Bloco Democrático – BD – deplora todas as práticas que visem cercear os direitos dos cidadãos, e chama a atenção para o clima de intimidação que se está a instalar no seio da população, com perseguições, agressões e raptos daqueles que usam o direito democrático de manifestarem publicamente o seu desagrado pelas más políticas que são uma constante em Angola.

3. O Bloco Democrático – BD – exige das autoridades, e com a maior brevidade possível. o total esclarecimento sobre o paradeiro de Alves Camulingi e Isaías Cassule. Caso contrário, desencadeará acções públicas de repúdio e levará o caso às instâncias judiciais locais e internacionais. Desde logo o Bloco Democratico conclama a uma reunião urgente dos presidentes dos partidos da oposiçao para análise da tensão pré-eleitoral.

4. O Bloco Democrático – BD – apela ao Presidente da República para que torne reais as suas declarações públicas feitas aquando da Reunião de Luanda da SADC, nas quais manifestou o desejo que as futuras eleições gerais em Angola decorram num ambiente de paz e liberdade.

5. O Bloco Democrático – BD – chama mais uma vez a atenção da opinião pública nacional e internacional para o clima de intolerância que vem crescendo em Angola, em cujo palco já se assiste a movimentação de milícias preparadas para reprimir até a morte as vozes discordantes.

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