Representantes de governos locais e regionais
debatem em Nova Iorque o impacto da corrupção no dessenvolvimento urbano
Por Peter Fedynsky | Nova Iorque VOA
Mais de metade da população mundial vive
actualmente em zonas urbanas e as Nações Unidas prevêem que dois-terços da
humanidade estarão a viver nas cidades em meados deste século.
Representantes de cerca de 30 cidades do mundo
participam na cidade de Nova Iorque numa conferência sobre o combate a
corrupção no processo de urbanização.
Se os contribuintes pagam por um quilómetro de
passeio e apenas recebem 800 metros, a conclusão é que foram roubados por
funcionários corruptos, que terão usurpado 1/5 do valor da obra. O presidente
da Câmara de Caracas na Venezuela, António Ledezma, apresentou este caso como
um dos exemplos da corrupção urbana, no encontro com responsáveis de 26 cidades
do mundo. Entre os participantes figuram membros do governo locais e regionais,
da África do Sul, Catalunha, Québec entre outros.
Ledezma chamou a atenção dizendo que a persistente
corrupção pode matar a democracia.
O presidente da Câmara de Caracas diz haver muita
gente que concluiu por si só ou ainda que acredita que regimes ou governos
ditatoriais podem controlar eficientemente a corrupção.
Entretanto, na sua intervenção sobre a questão, o
presidente da cidade de Nova Iorque, Michael Bloomberg, evocou a importância da
integridade pública não apenas no reforço da democracia, mas também no apoio ao
crescimento económico.
Bloomblerg pontou que a corrupção absorve
anualmente, mais de 5 por cento do rendimento per-capita global, o
equivalente a mais de 2,6 triliões de dólares.
“Portanto esse dinheiro não está a ser investido
produtivamente… não gera emprego, ou não está a ser usado na melhoria da saúde
e segurança públicas… ou noutros serviços essenciais.”
Vários participantes afirmaram que devem ser
reforçadas a protecção, a transparência através dos meios de comunicação social
e a criação de tribunais independentes para combater a corrupção. Um
representante da cidade de Hong Kong disse por exemplo que os detentores de
cargos públicos não devem ser vistos ou sentirem-se de que estão acima da lei
ou envolverem-se em negócios lucrativos, adoptando estilos de vida bem
diferentes da do público a que devem servir.
http://www.voanews.com/portuguese/news/06_08_12_nyc_urban_corruption-158180315.html
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