Luanda - José Mena Abrantes até pouco tempo notabilizado como uma das
raras figuras do regime que representa o símbolo da
integridade anti-corrupção refutou as acusações avançadas pela revista
Sábado que o citam como identificado pelas as autoridades
espanholas em movimentações bancarias suspeitas,
de milhões de euros, para contas abertas em bancos português.
Fonte: Club-k.net
Alega ser uma campanha contra Angola
A reação do
escritor angolano, foi feita nas redes sócias em resposta aos
internautas que mostraram-se indignados ao verem o seu nome ligado a praticas
desonestas. O escritor considera que as informações da
revista Sábado estejam “no quadro da campanha contra Angola” .
O Club-K, retoma na integra alguns excertos das reações do mesmo embora estejam numa linguagem dura que caracteriza os dirigentes do regime do MPLA.
“Se as tais
"autoridades espanholas" identificaram "milhões de euros"
numa conta minha na Europa ou têm registo de qualquer movimentação feita por
mim de "milhões de euros", mais do que autorizar eu AGRADEÇO que
divulguem imediatamente o número de tal conta (até para ver se ainda vou a
tempo de levantar a massa...). Tal 'notícia' já saiu há cerca de dois meses em
Portugal, no quadro da habitual campanha contra Angola e os seus dirigentes, e
vem agora o Club-K 'requentá-la' como se fosse uma grande novidade... Essa
publicação em intervalos regulares de supostas notícias, sempre sem
apresentação de provas, não é casual e enquadra-se precisamente na dita
campanha. Daqui a dois meses é a 'Visão' ou a 'Sábado' que vai usar o Club-K
como fonte para retransmitir o mesmo assunto. Andamos nisto há muitos anos para
não percebermos o que se pretende... Voltamos a falar quando forem publicamente
divulgadas as tais contas! Por agora, continuem com o circo!”
“Pelos vistos, as tais investigações espanholas e portuguesas duram desde 2006 (há 6 anos), altura em que terão solicitado os extractos da minha única conta na Europa (só tenho uma!). Se em 6 anos ainda só falam em suposições e não trazem nenhuma prova a publico, eu é que vou perder tempo com eles??? O que querem que faça aqui? Que publique eu os extractos para o tal 'povo' se acalmar.”
“Eu não tenho que
fazer a minha declaração de bens a qualquer palhaço que aqui apareça. De acordo
com a Lei da Probidade fiz tal declaração ao Procurador Geral da República, que
dela poderá fazer uso quando lhe aprouver ou quando para tal for judicialmente
solicitado. Até agora isso nunca aconteceu. O meu Banco, a quem supostamente
terão sido solicitados os extractos da minha conta para uma investigação
que decorre desde 2006 (!), está por mim autorizado a fazê-lo sem qualquer
problema (e acho que nem precisava dessa autorização). Se um pedido de apoio
das autoridades espanholas às autoridades portuguesas para que colaborem na
investigação de supostas 'movimentações bancárias suspeitas de milhões de
euros' em nome das duas pessoas aqui visadas, em seis anos não conseguiu vir a
público mostrar os números das contas e as datas e montantes dessa
movimentação, alguma razão de peso haverá (a Eduardinha acha que é porque a
Espanha e Portugal estão coniventes com o regime corrupto de Angola, mas se
assim fosse nem sequer era preciso inventar o 'caso' para depois calar as
'provas'. Não é verdade, Eduardinha?).”
“O recurso, como
foi aqui sugerido, a um processo contra a revista ou contra as autoridades
espanholas (que, insisto, nunca fizeram qualquer acusação formal a nenhum dos
dois visados), é uma absoluta perda de tempo e de dinheiro. Pagar a advogados e
recorrer à mal afamada justiça portuguesa para que arrastem um processo de anos
e anos atrás de uns mentecaptos que se refugiam precisamente por trás dessa
inoperância da 'justiça', não é lá muito estimulante. Basta ver com os
processos contra as calúnias destiladas nos nossos pasquins, que acabam sempre
com dramáticos e humilhantes pedidos de desculpa, que levam os ofendidos a ter
pena e a perdoar aos desgraçados que as inventam.”
“ Portanto, não é por aí que pretendo ir. Não tenho que me justificar perante um bando de energúmenos que descobriram que as novas tecnologias lhes facilitam a expressão da sua pequenez mental, sem se darem conta do ridículo (esse sim, verdadeiro ridículo, e não o que atribuem ao meu filho!) a que se expõem. Mas enfim, como já dizia um grande teórico alemão: "semeei dragões e colhi pulgas!”
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