terça-feira, 19 de junho de 2012

Polícia justifica a detenção do general Silva Mateus por porte ilegal de arma de fogo



Luanda – Dados recentes revelam que a polícia nacional prevê justificar a detenção do presidente da Fundação 27 de Maio, o general das Forças Armadas Angolanas (FAA), Silva Mateus, por porte ilegal de arma de fogo do tipo AKM, que estranhamente apareceu no seu carro. Este portal soube ainda junto de outra fonte que este oficial superior nunca teve em sua posse este tipo de arma.
Polícia introduziu arma na sua viatura para incriminá-lo
Fonte: Club-k.net
A fonte deste portal suspeita que a referida arma terá sido introduzida pela polícia na altura que reteve a sua viatura no local do acontecimento. “Quando a polícia da Brigada Moto mandou-nos encostar a viatura, um deles chegou violentamente e mandou-nos sair e levou-a (conduzindo) a uns 100 metros”, revelou a fonte, explicando que “depois de alguns minutos o tal agente trouxe a viatura, pedindo desculpas pela sua atitude”.
No entanto, em conversa telefónica com o também general José Fragoso, Silva Mateus confirma que viu um dos agentes da DNIC a introduzir a arma no seu carro já dentro da 1ª esquadra. “Eu vi pessoalmente um polícia a meter uma arma na minha viatura”, contou, acrescentando que estava a ser levado para o Comando Provincial de Luanda da polícia nacional, onde poderá passar a noite. 
José Fragoso garantiu ainda que “até ao momento a polícia não disse nem sequer uma palavra, que justifique a detenção do general Silva Mateus. Até suspeitávamos que fosse por causa de ajuda que está a prestar aos ex-militares das FAA, agora com aparecimento de arma na sua viatura, após uma estranha vistoria feita no seu carro, os agentes do regime estão a tentar encontrar outra justificação”.
De recordar que além de general das FAA, Silva Mateus é também presidente da Fundação 27 de Maio e coordenador da União de Tendências do MPLA. O mesmo foi nesta segunda-feira, 18, interpelado na rua Liga Africana (adjacente do parque de estacionamento da SISTEC), no distrito das Ingombotas, em Luanda, pelos quatro efectivos pertencentes à Brigada Moto que se faziam acompanhar de dois agentes – a paisana – da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC).

Notícia em actualização

Sem comentários: