terça-feira, 26 de junho de 2012

Um vigilante do ódio. (título deste blogue)


Artur Queirós (AQ) escreveu a semana passada no Jornal de Angola com o seu actual nome da patrulha que é Álvaro Domingos (mais um dos muitos que tem utilizado), um "texto" onde ataca furiosamente o colunista português Daniel Oliveira por este ter defendido na coluna que tem no "Expresso" o Luaty Beirão da acusação de posse ilegal de droga.

REGINALDO SILVA
http://morrodamaianga.blogspot.com/
Já todos conhecemos mais ou menos a história e não é ela que hoje nos traz aqui ao vosso convívio.
Antes de mais devo confessar a minha admiração pessoal por Daniel Oliveira, pois é dos poucos colunistas que na imprensa portuguesa tem lutado de forma aberta e consequente contra o preconceito racial/ xenofobia, particularmente aquele que afecta os africanos.
O que me chamou a atenção desta vez na prosa do patrulheiro português ao serviço do JA foi o elogio a um seu patrício, que atende pelo nome de Pinto Balsemão.
"O jornal português “Expresso” pertence ao império mediático de Pinto Balsemão, um grande capitão de jornais que merece todo o respeito dos jornalistas, pelo que ao longo da vida tem dado ao jornalismo português e mundial."-Álvaro Domingos/Artur Queirós.
De facto AQ não podia mesmo falar mal de Pinto Balsemão, pois foi no Expresso onde nos anos oitenta, escreveu um dos textos (página inteira) mais virulentos contra o MPLA/Governo que hoje lhe dá de comer principescamente e lhe trata das chagas em clínicas de luxo.
Aliás, foi no Expresso onde AQ conduziu uma das campanhas ideológicas mais virulentas a partir de Portugal que tenho conhecimento, contra a implantação da liderança de JES no MPLA, que na época dava os primeiros passos no confronto com as “resistências” herdadas de Agostinho Neto, entenda-se Lúcio Lara, Iko Carreira, Costa Andrade (Ndunduma), etc., etc..
Queirós acusava na altura o MPLA/JES, que identificava como sendo a “ala direita do Movimento”, de ser promotor do “socialismo sanzala” em Angola tendo como “poderosas armas o racismo e o tribalismo”.
Este “recuerdo histórico” faz todo sentido para percebermos melhor quem é Artur Queiróz e do que é que ele tem sido capaz ao longo da sua atribulada trajectória pelas colunas da imprensa.
Virar a casaca, pelos vistos, não tem sido a sua maior dificuldade.

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