quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Angola. Preço dos combustíveis dispara com retirada de subsídios públicos





Técnicos do organismo internacional apresentam um plano para a redução dos apoios a preços de combustíveis. Calendário, para implementar até 2020, permite poupanças significativas de verbas que devem ser canalizadas para investimentos e apoios sociais. Sem subsídio, gasolina custaria cerca de 111 Kz, e gasóleo, 120 Kz.

David Rodrigues 

A era dos combustíveis baratos, com preços subsidiados pelo Estado, pode estar a acabar. O Governo subiu os preços em Dezembro, aliviando o esforço orçamental para manter o custo artificialmente baixo, e pode repetir o movimento este ano, que vai ficar marcado, nos primeiros meses, por fortes quebras nas receitas do petróleo.
Um documento do Fundo Monetário Internacional (FMI), elaborado a pedido do ministro das Finanças, sugere um calendário para a eliminação dos subsídios a preços e a canalização das verbas libertas para investimentos públicos e, sobretudo, apoios sociais.
Se o Governo seguir a cartilha, vai doer: sem subsídio, a gasolina custaria entre 111 Kz e 113 Kz o litro, e o gasóleo ficaria em torno dos 120 Kz. Mas também o GPL, o petróleo iluminante, os combustíveis leves e pesados, e o asfalto seriam afectados, a par do custo da electricidade. A medida seria impopular, mas a verdade é que são sobretudo os mais ricos que beneficiam dos subsídios, que consumiram no ano passado cerca de 3,7% do PIB (480 mil milhões de Kz) - praticamente o mesmo gasto em educação e mais 42% do que aplicado na saúde. A proposta visa e prevê um alívio do impacto no PIB.


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